sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Ozimandias

Conheci um viajante de uma terra antiga que disse "Duas imensas pernas de pedra, sem tronco, jazem no deserto. Junto a elas, parcialmente afundado na areia, um rosto despedaçado, com o lábio franzido e enrugado em um sorriso escarnecedor de frio poder, demonstra o que o escultor bem intuiu tais paixões, que ainda sobrevivem, estampadas naquela coisa sem vida, a mão que as forjou e o coração que as alimentou; No pedestal há a seguinte inscrição: Meu nome é Ozimandias, rei dos reis: olhem para meus feitos e desesperem-se! Nada resta além disso. Ao redor daquela ruína colossal, ilimitada e desnuda, as areias solitárias e planas espalham-se ao longe".

PBS, 1817

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