Última crônica de um judoca determinado, escrita pelo meu amigo Emir sobre as peripécias de seu filho Luis Henrique Vilalba nos tatames. Imperdível para quem gosta de ler e de judô!
No dia 19 de julho de 1981, em Brasília, aconteceram os Jogos Estudantis Brasileiros, os JEB’S/81, com o Rio Grande do Sul, pela primeira vez na sua história, tendo um Campeão Brasileiro, em jornada memorável e desempenho irrepreensível do Luís Henrique.
Foram seis lutas, contra Sergipe (Santos, ippon aos 10’), Ceará (Carvalho, ippon aos 60’), Paraíba (Vieira, ippon aos 75’), Rio de Janeiro (Alves, vitória por wazzari e desistência do adversário, tudo em 2 minutos), São Paulo (Parada, vitória por wazzari) e a última Bahia (Coutinho, ippon aos 75’) e, no final daquele 1981, aos 15 anos, a merecida promoção à faixa preta.
A Nilza, sortuda, esteve presente em Brasília e foi testemunha daquele magnífico feito do judoca que continuava fazendo história.
Outro fato interessante e digno de nota aconteceu no torneio nacional “Beneméritos do Judô do Brasil”, em 19 de setembro de 1986 em São Paulo, com o Luís Henrique aos vinte anos e integrando a equipe sênior do Grêmio de Porto Alegre naquele evento.
Como se sabe, no Beneméritos os atletas não competem dentro dos seus pesos, é competição por equipes e peso absoluto. Nessa formatação, é normal a disparidade de pesos, até exagerada, como veremos.
Numa das disputas do Grêmio contra uma equipe paulista, um dos integrantes era campeão brasileiro junior absoluto, um mastodonte de 120 quilos e uma soberba do seu tamanho.
Antes mesmo do início da luta, ainda nas arquibancadas onde as equipes aguardavam a entrada no tatame, o possante energúmeno começou a depreciar o Luís Henrique, então com 65 quilos, que seria o seu adversário, rindo e fazendo troça, alertando a todos de que enfrentaria um rato (“Pessoal, olhem o rato que eu vou pegar!”).
Azar dele mexer com os brios de um judoca raçudo e determinado e, ainda gaúcho, pois acabou vencido por ippon através de um seoi o toshi perfeito! Nesse dia ele conheceu o “rato que ruge”...
Findando esta série de crônicas, este pai orgulhoso quer estender a homenagem ao Junior e ao Márcio, tão bons, leais e determinados quanto o Luís Henrique, não esquecendo da Carmen, que um dia também vestiu um quimono de Judô.
Obrigado, filhos amados, pela enorme alegria que vocês têm proporcionado a mim e sua mãe, em todos os sentidos.
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