Artigo: Seleção japonesa, Jiu Jitsu e o Marketing
Publicado: http://www.fpj.com.br/
Autor: Rodrigo Guimarães Motta – Diretor de Marketing e Faixa Preta 4 DAN (na época)
Data: 2006
Essa semana a seleção olímpica japonesa esteve treinando em São Paulo. Um reconhecimento indiscutível da excelência técnica de nossos atletas e também do alto nível da infra-estrutura da Federação Paulista de Judô, agora com a nova Arena Olímpica no Ibirapuera. Os japoneses, além de conhecerem o Brasil (futura sede do Campeonato Mundial) e treinarem com nossos medalhistas olímpicos, como Thiago Camilo, Carlos Honorato, Flávio Canto, Leandro Guilheiro e o veterano e sempre presente Aurélio Miguel, vieram ao Brasil com um objetivo: aperfeiçoar suas técnicas de solo em treinamentos com os praticantes de Jiu Jitsu, modalidade a qual o Brasil é o expoente mundial.
Para comandar os treinamentos de Jiu Jitsu, foi convidado o professor Max Trombini. Max teve uma longa e vitoriosa carreira no Judô sob a orientação dos professores Josino e Umakakeba, tendo conquistado títulos paulistas, brasileiros e sulamericanos. Há 15 anos passou a praticar e ensinar também o Jiu Jitsu, sendo hoje o líder da maior academia de Jiu Jitsu de São Paulo, a Brazilian Company Jiu Jitsu (BCJJ). A BCJJ tem diversos atletas de ponta, como o campeão mundial Eduardo Santoro e o vice-campeão mundial Paulo Silva, além de ter sido reforçada nesses treinamentos por atletas que também tiveram suas origens no Judô, como Marcos Barbosa e MarceloFugimoto. A equipe, para esses treinos, contou com o apoio da Probiótica (empresa de suplementos alimentares) e da CNC (loja de suplementos e vitaminas).
Os grandes campeões japoneses treinaram diversas vezes com os lutadores de Jiu Jitsu e declararam seu agradecimento e entusiasmo com o aprendizado de técnicas de solo em reportagens veiculadas no Estado de São Paulo e outros grandes canais de comunicação. Essa postura humilde e aberta a aprendizagem contrasta com a atitude de alguns professores, que menosprezam o potencial do Jiu Jitsu e evitam os aprendizados que podem obter com essa prática e assim formar judocas extraordinários também na luta de solo.
Convido a todos os dirigentes, professores e atletas a terem essa mesmapostura em relação a administração de suas academias, em especial na partede marketing. O que pode ser feito para aumentar e reter o número de alunos? Como aumentar o número de escolas e academias onde o Judô éministrado? Como obter patrocínios para os eventos organizados pelas associações? Essas dúvidas serão em parte respondidas pelo estudo das técnicas de marketing. O ideal é ter uma educação formal, com a leitura de livros e a realização de especializações sobre o tema, como o Seminário de Marketing Esportivo que foi realizado pela Federação Paulista de Judô em 2003. Para algumas dias úteis, recomendo a leitura dos diversos artigos de marketing esportivo que o site da FPJ contém, em especial "Planejamento de Marketing", "Prospecção de Patrocínios" e "Gestão de Carreiras".
Vamos aprender com a lendária seleção japonesa. Vamos ter humildade para aprender, para inovar e dessa forma ter um Judô ligado as suas raízes, porém mais forte, mais abrangente e mais conectado com a realidade em que vivemos. Cabe a cada um de nós praticantes, nos organizarmos e trilharmos esse caminho vencedor. Quem se habilita?
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